7 ideias para aprender a juntar dinheiro

1. Registre todos os seus gastos por um mês
Para conseguir economizar, você precisa saber como está gastando seu dinheiro. Parece simples e óbvio, mas não é.

Ao longo do próximo mês, marque todos os seus gastos. Não é preciso ter uma planilha complicada. Um caderninho resolve. Marque até gastos pequenos, como o pãozinho ou a gorjeta.

Prepare-se para algumas surpresas. Aquele cafezinho sagrado de todo dia, ou uma garrafinha diária de água mineral, podem representar mais de R$ 50 por mês, ou R$ 600 por ano (e R$ 6.000 em dez anos! Uma poupança considerável).

E as compras de roupinha para o seu filho, aquelas a que não dá para resistir de jeito nenhum? Se pagou no cartão de crédito, calcule um acréscimo de 20 por cento, no mínimo, sobre o preço da etiqueta. É o que vai custar a você se não der para pagar o total da fatura naquele mês.

Você não precisa abrir mão da sua dose diária de café, ou da sua hidratação, nem deixar de vestir seu filho em roupas superfofas. Basta pesar bem os gastos. A garrafinha d’água pode vir cheia de casa, por exemplo. Quanto às roupas, espere as liquidações, e imponha a si mesmo um limite de gastos sempre que começar a comprar.

Sabendo para onde o dinheiro vai todo mês, você vai ter ideia melhor de onde cortar para guardar para o futuro.

2. Coloque-se em primeiro lugar
Pode não fazer muito sentido de cara, mas o segredo para começar a economizar é “se pagar” primeiro. Não, não é para você comprar a primeira blusinha que vir na vitrine. Quer dizer, sim, que você deve se colocar na lista das “contas” a pagar todo mês.

Pense numa quantia realista, para objetivos de longo prazo (como trocar o carro, fazer aquele tratamento, a poupança para emergências, uma viagem), e então “se pague” logo no começo do mês, separando o dinheiro numa outra conta. Se você esperar até o fim do mês para ver o quanto sobra para guardar depois de todas as despesas obrigatórias, vai perceber que não sobra nada, porque é quase sempre assim, para todo mundo.

O melhor para se obrigar a poupar é programar transferências automáticas na sua conta bancária, para outra conta ou para um investimento. Assim você tem que economizar. Você pode criar, por exemplo, duas contas: uma para um objetivo de longo prazo, como a poupança para aposentadoria ou emergências, e outra para seu sonho de consumo mais próximo (a viagem, o carro etc.).

Programe a transferência para perto do dia em que receber o salário. O legal é criar a rotina de economizar, como se fosse uma despesa tão obrigatória quanto pagar a conta de luz. No final do mês, você vai ter a satisfação de saber que uma parte do salário já está guardada para alguma coisa realmente construtiva

Economistas afirmam que um fundo de emergência deve ter o equivalente a 6 meses do total de despesas. Se tiver conseguido juntar essa quantia, pode até começar a poupar para a aposentadoria.

3. Pague suas dívidas
Sim, pagar suas dívidas é o melhor jeito de economizar dinheiro. A taxa de juros cobrada no cheque especial ou no cartão de crédito é muito maior que o lucro de qualquer investimento. Livre-se primeiro de suas dívidas, principalmente as de cartão de crédito, para poder começar a juntar dinheiro.

Não tenha preguiça de correr atrás do prejuízo. Se você tem prestações atrasadas, entre em contato com a empresa ou o banco para ver se não dá para negociar um acordo. Não espere juntar todo o dinheiro para quitar a dívida. Informe-se sobre como amortizá-la o mais rápido possível, nem que seja de pouquinho em pouquinho.

Se for para ter alguma dívida, que seja para financiar a casa própria. Essa sim é uma dívida que vale a pena.

Para a prestação do carro, você pode fazer o seguinte: quando finalmente acabar de pagar, em vez de sair correndo para trocar de modelo e pegar uma nova prestação, finja que o carnê não terminou. Continue pagando a mesma quantia por um tempo, só que para você mesmo, numa conta separada. Assim você vai juntar dinheiro para fazer um negócio melhor, dando uma entrada maior e conseguindo uma prestação mais baixa, com menos juros.

4. Pegue um objetivo de cada vez e se anime!
Escolha um objeto do desejo, algo que você queira muito. Pode ser um sofá novo, um aparelho eletrônico, uma viagem. Calcule o quanto vai custar e trace um objetivo realista, como economizar por seis ou doze meses até conseguir.

Para se motivar, espalhe fotos e propagandas do seu item de desejo por todo lado (no trabalho, em casa, dentro da carteira). Sempre que pensar em comprar alguma coisa, pergunte-se se você quer aquilo tanto quanto quer seu grande objetivo, aquele para o qual está economizando.

5. Dificulte as retiradas e os resgates
Procure alternativas de aplicação que não estejam prontamente disponíveis para mexer. Fundos com resgate automático sempre que a conta corrente ficar negativa não servem — fica muito fácil acabar com sua poupança, num momento de empolgação ou necessidade.

Faça contas separadas, ou aplique em modalidades de investimento que não permitam saques automáticos, ou em que os resgates deem certo trabalho (como CDBs).

6. Recebeu um dinheiro que não esperava? Guarde!
Recebeu sua restituição do imposto de renda, um bônus no trabalho ou algum dinheiro inesperado? Primeiro, resista com todas as forças a gastar no primeiro impulso. Se você conseguir resistir por alguns dias, vai ficar bem mais fácil dar valor ao dinheiro extra.

Se você estiver com alguma dívida, use esse dinheiro para diminuí-la (pague uma prestação a mais do financiamento do carro ou da casa própria, por exemplo). Dívidas de cartão de crédito têm prioridade! Em segundo lugar vêm as de cheque especial. Não custa conversar com o gerente do banco para ver se tem um jeito mais fácil de pagar.

Caso você não tenha dívidas, guarde o dinheiro naquela sua conta especial, diferente da do dia-a-dia, para os objetos de desejo, aqueles que realmente importam.

7. Repense os gastos com o carro
Se você tem carro, ponha na ponta do lápis todos os gastos que tem com ele. Dizem que carro é praticamente um filho, e é verdade. Entre IPVA, seguro, financiamento, combustível, estacionamento, pedágio, licenciamento, lavagem, eventuais consertos e multas, você pode se surpreender com a despesa por ano.

Há pessoas que percebem que a vida fica até mais fácil sem o carro (ou com um carro só, no caso de um casal).

Mesmo que para você o carro seja imprescindível, maneire nos gastos. Deixe o carro em casa sempre que der. Vá a pé ao supermercado e use o serviço de entrega em casa. Concentre seus afazeres numa mesma região. Aproveite o estacionamento para resolver várias coisas ao mesmo tempo, na mesma área, a pé.

E faça as contas. Em grandes cidades sai mais caro estacionar no shopping do que ir e voltar de táxi, dependendo da distância. E o gasto em pedágio e combustível pode superar o de uma passagem de ônibus — e até avião.

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